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Diário de sonhos de artistas da periferia inspiram novo podcast

Uma atriz negra da Freguesia sonhava em ser Barbie. Não pela estética, mas enquanto referência: inspirando outras meninas negras a serem o que quiserem. Um poeta LGBT de Realengo sonhava em afrontar a sociedade feito diva pop. Com vários livros publicados, escritos entre o trem e o trabalho, ser artista se tornou sua grande provocação. Um MC, cria do Rodo, sonhava ser astronauta para voar com sua família para bem longe dos problemas da violência urbana. Hoje não pensa mais em fugir, mas em enfrentar o ódio com amor e música. 


Luana Guimarães, Kaio Phelipe e DG Machado são os personagens que integram a primeira temporada do podcast Sonhário, que estreia na segunda-feira, 16. A iniciativa é parte do Pode Sonhar, projeto realizado pela OSC Avenida Brasil, responsável também pela Agência de Redes para a Juventude - outra iniciativa da organização voltada para juventude periférica.  


O podcast foi produzido em parceria com dois projetos de pesquisa e extensão da UERJ: o Laboratório de Estudos da Imagem e do Imaginário (Labim) e o Laboratório de Podcasts Narrativos (Lunar). Uma demonstração da sinergia criativa entre terceiro setor e a universidade.  


Com direção geral de Valquíria Oliveira (Pode Sonhar e Agência de Redes para Juventude), Andriolli Costa (Lunar) e Rafael Malhado (Labim), o podcast convida a uma imersão no universo de cada artista e a partir daí mergulhar nos seus próprios sonhos.  As entrevistas foram conduzidas por Ellen Alves Lima. O programa está disponível no Spotify, e pode ser acessado em linktr.ee/podesonhar_rj .


Pode Sonhar 

Os três protagonistas participaram do laboratório criativo Pode Sonhar em 2023, onde foram reunidos artistas de favelas e periferias de diferentes linguagens numa experiência de criação e convivência a partir da temática onírica. Em um processo criativo e participativo ao longo de pouco mais de três meses, o grupo foi convidado a gravar áudios narrando seus sonhos. O material serviu de base tanto para uma instalação sonora quanto para o podcast, convidando a cidade a escutar os sonhos destes jovens.


Com base nas gravações, os laboratórios da UERJ convidaram os participantes para uma entrevista em estúdio em que as perguntas eram orientadas a partir dos sonhos de cada um - tanto os oníricos quanto seus desejos, aspirações e esperanças. O objetivo foi compreender de que forma os entrevistados sonham o Rio, assim como entender o que a cidade permite que sonhem. 


Ainda com o episódio piloto, o Sonhário foi finalista do festival Rio WebFest 2024 como melhor podcast de não-ficção


 
 
 

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